sexta-feira, 24 de maio de 2013


A revista SUPER Interessante, em sua edição de fevereiro de 2012, aborda os mitos em torno dos filhos de casais homossexuais. Dentre os mitos desconstruídos por embasamento científico um deles nos chama atenção por ser uma das justificativas mais ditas por aqueles que não concordam com a adoção ou geração de filhos por casais homossexuais. Segue abaixo, um trecho da reportagem.


Os-filhos-serão-gays!
A lógica parece simples. Pais e mães gays só poderão ter filhos gays, afinal, eles vão crescer em um ambiente em que o padrão é o relacionamento homossexual, certo? Não necessariamente. (Se fosse assim, seria difícil, por exemplo, explicar como filhos gays podem nascer de casais héteros.) Um estudo da Universidade Cambridge comparou filhos de mães lésbicas com filhos de mães héteros e não encontrou nenhuma diferença significativa entre os dois grupos quanto à identificação como gays. Mas isso não quer dizer que não existam algumas diferenças. As famílias homoparentais vivem num ambiente mais aberto à diversidade - e, por consequência, muito mais tolerante caso algum filho queira sair do armário ou ter experiências homossexuais. "Se você cresce com dois pais do mesmo sexo e vê amor e carinho entre eles, você não vê nada de estranho nisso", conta Arlene Lev, professora da Universidade de Albany. Mas a influência para por aí. O National Longitudinal Lesbian Family Study é uma pesquisa que analisou 84 famílias com duas mães e as comparou a um grupo semelhante de héteros. Ainda entre as meninas de famílias gays, 15,4% já experimentaram sexo com outras garotas, contra 5% das outras. Já entre meninos, houve uma tendência contrária: 5,6% nos adolescentes criados por mães lésbicas tiveram experiências sexuais com parceiros do mesmo sexo - mas menos do que os que cresceram em famílias de héteros, que chegaram a 6,6%. Ou seja, não dá para afirmar que a orientação sexual dos pais tenha o poder de definir a dos filhos."

Fonte: http://super.abril.com.br/cotidiano/4-mitos-filhos-pais-gays-676889.shtml .

Outros mitos também são tratados na reportagem cujo link estará abaixo. É interessante ver respostas científicas para várias justificativas utilizadas para negativar ou não aceitar o direito destas novas famílias. Se despir de preconceitos é fundamental para o entendimento da real dimensão desta discussão e só assim chegaremos a opiniões mais reais de bases sólidas.

By Marina Vieira

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